sábado, 23 de outubro de 2010

Amor, simplesmente!


Hoje me peguei pensando, que preciso dizer que te amo.
Talvez eu nunca diga.
Não a você.
Não de boca para fora.
Não como se diz, a qualquer pessoa.

Mas, sim, eu preciso dizer que te amo!
Rapidamente.
Urgentemente.
De forma a fazer você acreditar, que nunca houve ninguém antes de você, e possivelmente não haverá ninguém após.

Aquela coisa toda de que sabemos quem é a pessoa. É verdade!

É você!Minha alma.Meu Príncipe.

Eu sei pelo cheiro.
Pelo gosto.
Pelo sabor.
Pelo prazer.Que ainda nem conheço de fato!


Nada de pessoa perfeita.
Você não é!
Às vezes me magoa.
Não diz as coisas que gostaria de ouvir.
Ausenta-se em momentos que preciso de atenção.
Irrita-se comigo.
É feito de carne e osso. Pêlo. Suor e sangue.

Porém, me dá asas.
Acelera meu coração e acalma meu espírito.
Faz-me acreditar e gostar de mim.
Viver um verdadeiro contos de fadas.

Sonhar com o futuro: Sim, agora ele existe! (Nem posso acreditar!)

Por isso preciso dizer que te amo.

Preciso que saiba como é grande e verdadeiro esse amor.

Que tempo e sentimento não são proporcionais.
Que te desejo e amo.Amo e amo.

Amo mesmo!
Sem vergonha.
Sem pudores.
Sem medo.
Sem regras.

Amo simplesmente por ser Amor.

Porque se antes era eu. Hoje somos nós.Nós e nossos filhos.Nosso jardim.Nossos cães e gato.
Nossa música.Nossa poesia.

Porque amo.
...Demais.
Para não ser verdadeiro e infinito.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

...


Sinto-me escrava de sonhos em um corpo que não é meu.
Pele, carne, face. E mesmo essa alma.
Não me pertencem!
Fragmentos. Fragmenta-me.

Resto de mim...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Degusta-me.


Estou com fome de mim.
Meu corpo deseja minha alma!
Não sei por onde ela anda...
O que estará fazendo neste instante?
Sei que meu coração pulsa, é obvio que sim! Porém, não o sinto.

Não me sinto!

Que fome.

Casca vazia.

Nada me consome.
Nada me preenche.
Nada me satisfaz.

Um frio me gela.Congela.

Pedaços ainda me faltam.
Lacunas, ainda não preenchidas.
Ainda serão? Será?

Cortei o cordão.
Existe cola para isso?
Certamente que sim, mas, sempre fica uma cicatriz.
Antes fosse na face.
Antes pudesse mostrá-la.
Esta tão escondida que ninguém suporia que de fato ela exista.

Pobre bela menina! Fruto desejos e incapaz de desejar-se.
Já que não pode, implora para que a sintam. A absorvam. A degustem...

Ai que fome!

domingo, 2 de maio de 2010

Agradecimentos reais.


Obrigada por ter roubado de mim, minha dignidade, minha força de vontade, meu sorriso mais puro e meu desejo de amar...
Obrigada por ter me feito sentir menos bela, menos desejada, menos mulher.
Obrigada por me mostrar que quem têm contos são fadas e eu não passo de uma garota comum!
Obrigada por ter me dado um banho de realidade.Por ter me ensinado que o "romance" é mesmo lindo, nas canções, poesias e em Hollywood, mas, que aqui na vida real tudo não passa de um grande jogo de interesses, sexo e conveniências.
Obrigada por desmanchar meus castelos, destruir meus sonhos e minimizar meus desejos.
Obrigada, por me deixar sozinha. Por me fazer sozinha. Por me mostrar que sou sozinha!
Obrigada por ter ido em um dia em que tudo parecia lindo...
Obrigada por me deixar com as lágrimas, o vazio e a pequenez.
Obrigada pelas ofensas, pelo descaso. Pela proposta nojenta.
Obrigada pelo asco que me fez criar por mim. Pelo medo que me dá de olhar no espelho. Pela grande cama que ficou...
Obrigada pela música que não tem mais sentido, o poema que soa como ofensa e os presentes que agora parecem conta paga por uso de um objeto.
Obrigada por me “coisificar”, me tornar vagina e me reduzir a nada.
Obrigada por me fazer duvidar da verdade, das pessoas e da fé.
Mas acima de tudo obrigada, pois, antes de você surgir dizia que acreditava no amor, porém, ele não acreditava em mim...
Hoje sei que acreditei demais, mas, ele nunca esteve lá...não por mim...

Obrigada!

Universo particular.


Minhas janelas estão fechadas.
Toda vez que elas se abrem o vento insiste em trazer poeira.
Algumas sujam meus móveis e são muito difíceis de sair, outras superficiais. Consigo limpá-las com facilidade...

Tanto tempo estiveram fechadas. Tanto tempo meu templo sagrado esteve limpo e protegido.

Droga!
Por que as abri?
Conheço como é difícil deixar tudo em ordem. Conheço como algumas peças são frágeis... Sabia que não devia, mas, ouvia o barulho do vento. Parecia tão bom. Tão gostoso...
Então inconseqüentemente as abri.
No começo foi delicioso o vento era suave, trazia com ele cheiro de flores. Às vezes de chocolate... Outras de chuva!Parecia que enfim as janelas poderiam ficar abertas...
Mas um dia o vento parou. O ar parecia rarefeito e não havia movimento, muito menos cheiro...
Na verdade, parecia não haver ar!

Tudo se fez silêncio e vazio...
E como num passe de mágica, um vendaval se formou. Forte e grandioso o suficiente para remover peças, quebrar outras tantas, encher de poeira, de folhas, de sujeira e de cacos!

Caos!

Vi-me perdida. Não sabia por onde começar. O que manter? Tentaria consertar algo? Jogar tudo fora? O que realmente sobrara? O que eu queria que tivesse sobrado?

Melhor limpar todo quarto. Remover tudo! - pensei.

Demorou...
Hoje ele está quase vazio novamente, uma ou outra peça ainda se mantêm. (As mais raras talvez). Algumas danificadas. Outras novas se misturando as poucas que insisto em manter.

... Mas as janelas. Estas foram e ficarão fechadas... Por muito tempo ainda! Não quero outra surpresa.
Nada de vendavais.
Nada de poeira.
Chega de peças quebradas!
Quero minhas coisas no lugar. Gosto de vê-las, limpas, organizadas e catalogadas. Nenhum vento para mudá-las de posição.

Nem mesmo esta brisa que insiste em entrar pelas frestas. Esta em particular é a que tenho mais medo. Ela é doce e suave. E exatamente por isso me causa pânico!
Quero-a longe de mim.
Longe do meu quarto.
Longe das minhas coisas.
Manterei as janelas bem fechadas!
Sem estragos desta vez.
Sem estragos!

Ela também passará logo, e a vontade de abrir as janelas para senti-la, também.
Não quero correr o risco de vê-la ganhar força. Nós não estamos prontos, (nem meu mundo, nem eu), para outro vendaval. E se é tão seguro aqui. Por que arriscar?
Em outros tempos eu simplesmente abriria as janelas, mas, desta vez. Não. Definitivamente não...
Infelizmente não!

(Acho que finalmente descobri como é chato ser responsável, cautelosa e racional. Talvez tenha finalmente conhecido o significado de maturidade! E não gostei !)

...mais um desabafo.


Meus pecados não são menores, nem maiores. São meus pecados.(Já disse isso antes...)
Não há simplesmente um dispositivo de controle de sentimentos e desejos, pois, sinceramente, desejaria possuí-lo. Não porque não queira sentir o que venho sentindo, até porque eu quero!
Porém não devo. Não devia. Não posso.
Mas o que fazer, quando se precisa livrar de algo que a cada segundo você quer mais?
Como simplesmente dizer: Não! (que deveria ser a única resposta considerada). Quando cada célula do seu corpo grita sim.
Como passar uma borracha, e apagar estas sensações?
Como aceitar a realidade e retomar a razão, quando a vontade e saltar de cabeça sem medo, pudores, ética, conceitos e pré-conceitos?
Estou tão limitada e o sou, pois, obedeço a regras que me antecederam.
Não posso mudar o que houve, mas, posso mudar o que haverá. E não deve haver mais nada!
Cala-te corpo!

Ficando nua.


Hoje desejei me despir, ser lida em toda minha essência.
Desejei que meu leitor o fizesse com todos os sentidos.
Fragmentasse-me.
Desconstruísse-me...
Mais do que ser lida, desejei ser apreendida. Sentida. Como se minha alma tivesse cheiro, gosto e tez. Como se esta leitura pudesse me livrar de meus maiores medos, sonhos e segredos.
Queria revelar-me. Ser o que nunca fui para ninguém, talvez, nem para mim mesma!
Tirar esta máscara, que considero a mais bela, a mais correta, a mais aceitável e desnudar-me de fato. Mostrar minhas cicatrizes. Cortes que ainda têm carne viva. Expor o que tenho de mais belo e feio. E paradoxalmente deixar de ser, para ser!
Porém, há tanta covardia em mim. Há tanto receio. Tanto medo... Incoerências e inconsistências.
A menina e a mulher brigam o tempo todo por um espaço. Confundem-se.
Uma deseja colo e outra tem mãos, braços, boca, corpo e alma para oferecer. Confundem-me...
Pretensão a minha querer ser lida, como posso desejar isso, se nem mesmo eu consigo me ler?
Coisa estranha. Coisa minha. Coisinha...

Vagueio em meus pensamentos.
Repasso coisas.
Experiências.
Palavras.
Gestos. Os grandes, os pequenos.
Estranho como tempo e empatia não são proporcionais.
Estranho.
Quase incômodo!

...gente flor. Flor de gente. (Suspiro)

Engraçado como para mim é quase impossível não conciliar cheiro às imagens, lembranças e palavras.
O olfato é meu sentido preferido.
Vim para casa pensando no cheiro que cada pessoa tem. Não o cheiro do seu perfume, mas, seu cheiro de gente.
Uns tem cheiro de biscoito de chocolate.
Alguns de vinagre.
Minha mãe, de mouse de maracujá.
Outros, raros, cheiro de pêssego. É... Cheiro de pêssego!

E agora, recordando da leitura de hoje. Não da auto-leitura, que tanto citei anteriormente, mas, a que realizei durante o almoço e no emaranhado de perturbações que ela me causou, questiono: E se as igualasse às flores?Que flores seriam?
A maioria certamente gostaria de ser rosa, mas, rosas não são somente belas. Rosas escondem espinhos, sendo assim, de que adianta tanta beleza?
Para ser bem sincera, não consigo estabelecer se de fato as admiro. Acho que não. Beleza é algo maior e menos óbvio.
Na verdade sempre preferi outras três flores: o girassol, a tulipa e gipsofila.
Logo, se fosse classificar pessoas como flores, acho que usaria estas espécies, pois, são as mais belas ao meu critério.
O girassol por seu movimento tão nítido. É como se todos os dias ele buscasse um recomeço e gritasse: Sol! Espero por ti! Leve-me. Brilhe e deixe-me brilhar! Conheço vários girassóis, alguns, porém, parecem querer brilhar mais que o sol. Não os culpo. Brilhar é de fato sedutor.
A tulipa por sua beleza solitária e discreta. O seu formato de cálice me sugere armazenar segredos e proporcionar surpresas a quem decidir decifrá-los. Que surpresas? Não sei, mas, sei que existem... Aos meus olhos, tulipas têm algo a revelar e por isso são naturalmente misteriosas... Pessoa tulipa é pessoa interessante! Adoro tulipas. É por tulipas que me apaixono.
Mas, as gipsofilas... Ah, as gipsofilas! Pequenas. Pequenininhas... Passariam despercebidas, por alguém menos detalhista. São consideradas “apoio” de flores importantes. Pobres gipsofilas! Tão belas. Tão simples. Tão encantadoras... O que seriam das belas rosas sem as gipsofilas? Gente assim é que faz a diferença!Pessoas que nem parecem importantes, geralmente são as que fazem a maior diferença.
Eu, porém cometi um equívoco, disse que usaria três flores para classificar as pessoas. Percebi que preciso de mais variações. Umas inclusive não podem nem mesmo, ser flores, afinal, tem gente cravo, gente capim, gente erva - daninha... E nos últimos dias tenho me deparado bastante com exemplares destas espécies. Não citá-las poderia sugerir que a vida me parece um belo jardim.
E embora, confusa e com dificuldade de leitura própria, ainda mantenho minha sanidade. E por mais que a música insista em gritar: “é bonita e é bonita”, não posso evitar que algumas pessoas e coisas consigam deixá-la menos bela.
Realmente é uma pena!
Odeio o cheiro de vinagre. Odeio capim, cravo e erva - daninha.

Está tudo tão confuso.
Estou com medo.

Outro suspiro...

OFF


Preciso desligar-me.
Cortar o fio que me une às coisas e ao mundo que não é meu.
Quebrar estas algemas.

Quero liberdade real.
Voar é mais que sair do chão. Preciso sair de mim.
Enjaulada neste corpo, limito-me. Limita-me...
Quero alcançar estrelas.
Pintar sonhos na tela da alma.
Plantar tulipas vermelhas no meu jardim...

Preciso de colo.
De asas. De vento.
Chuva calma.

Pingos de mel.

Sentir-me fora do centro do mundo.
Fora de mim!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Devaneios ou iluminação?


Ontem voltei à vida, e foi muito bom.
Senti novamente o ar entrando por minhas narinas. E o pulso, pulsava!
Que sensação gostosa.

O teto parece mais alto hoje.
O céu mais azul, embora, algumas nuvens teimem em aparecer...
Consigo ver isso!
Sentir!

Estou com medo, pois, aqui fora ainda parece perigoso, mas, estranho é olhar e perceber que pouco mudou desde que eu morri!
Talvez porque nada muda, ou muda tanto, que fica sempre igual...

A redoma já não é tão segura assim.Devo ter deixado alguma brecha e agora fui surpreendida por coisas novas, mas, elas me parecem tão familiares.Pode até ser que estivessem aí o tempo todo. Por quê eu não as via antes?

(...engraçado como o vento tem gosto.
Este ,agora, tem gosto de saudade.De coisa "miúda". Coisa minha.
Ainda não sei se gosto, deste gosto...Acho que sim!

Me surgiu uma dúvida: Inocência e ingenuidade são equivalentes?
O Google faz falta as vezes! (rs)
Também preciso considerar o fato de a próxima vez, optar por pesquisa avançada na busca pela "Receita da Felicidade."
Podia ter para comprar, não é?
-Eu faria um bom estoque!)

Continuo sem entender ainda, de onde estas coisas vieram...
Eh!
São tantas.
Acho que sempre existiram mesmo...

No espelho já consigo ver algo que se aproxima da imagem que eu lembrava ter.
A parte ruim é que atriz e personagem se confundem e não sei definir qual delas sou eu!
As duas, obviamente. Afinal, são uma só.Completam-se e são interdependentes.

Hoje algumas coisas me parecem menos valorosas.
Ainda fazem falta,mas,consigo perceber a possibilidade real de avaliar se são minhas...
...prefiro ir para a praia de avião.
Estrada, só para pequenas distâncias.
De noite, ou bem "cedinho".
Aliás, PRAIA?
Melhor a serra!
Isso.
Um bom hotel na serra!Lareira, vinho e violão.
Nada de sol.Areia e menino da água de côco.

Suspiro...

Mais ar no pulmão!
Ah, que bom!
Fiquei morta por muito tempo...
É realmente delicioso voltar.
Aquelas correntes estavam pesadas demais.
E o purgatório não é mesmo nada agradável.

Insisto no espelho...
A imagem continuará desfocada por um tempo.
Eu sei.
Me conheço.
Mas o ar. O ar voltou! E esse é um grande progresso.

O céu realmente está mais azul.

(Suspiro!)
Ontem eu voltei à vida, e foi muito bom.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Começar de novo. (Ivan Lins)


Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

...posso abrir mão do aquário.Das portas e janelas brancas...

Voltando...


Andei distante de mim.
despi-me.
entreguei-me.

Acreditei que seria sempre dia.

...a noite escura chega, inevitavelmente.


as estrelas devem aparecer a qualquer hora...
Espero que rápido!


Esperar nunca foi muito fácil para mim.

Sou finita e minha "finitude" me condena. Mais do que isso:
Me limita!

Porém, quem sabe desta vez eu espere.
Ou apenas, me maqueie... Afinal, meus segredos são meus!

Olhos inchados?
Impressão sua.
Falsa impressão.


A verdade é que ao voltar, estarei indo embora... (mais uma vez!)

Sentirei saudades.
Gostava daquela Mallu.

Quem sabe um dia ela possa voltar.

É...

Essa máscara é bonita!
Me serve, por hora.