terça-feira, 8 de setembro de 2009

Questão de respeito.




Minha vagina, assim como a de todas as mulheres, é formada externamente basicamente por três partes: clítoris, grandes lábios e pequenos lábios logo, embora um órgão de suma importância, jamais poderá ser comparada a complexidade de todo o resto do quê eu sou.
Odeio quando ela é maior que eu. Maior que minha essência ou minha alma!
Não, não sou nenhuma santa, virgem ou imaculada,mas, sou um ser humano e isso não é tão difícil assim de perceber. Não exige elevado Q.I., nem capacidades mediúnicas, basta olhar e você perceberá.
Sabe não parece, mas tenho sentimentos.Tenho raciocínio lógico. Sei ler, e escrever. Tenho uma história, (pode ser que ela não seja digna de um filme, mas, tenho! ).Conto piadas. Danço. Amo ouvir rock e bossa nova. Adoro sorvete e dias frios e nublados. E sei a diferença sutil, ou melhor nada sutil de amor e sexo, então, por favor: Não me trate como uma vagina.
Você poderá até tê-la, se é só ela que você quer mesmo, porém , é essencial que eu tenha vontade de oferecê-la a você,e não simplesmente me sentir parte do pacote: conquiste-a e me leve de brinde...Não mesmo!O processo é exatamente o contrário.
Este papo de mulher moderna que vai lá, deita-se com um homem e depois nem lembra mais do que aconteceu, é meramente um falso discurso, de mulheres que tratam independência como perda de valores e respeito próprio.
Mulheres, assim como os homens, querem ser mais que órgãos genitais!
Não precisa me prometer amor. Mandar flores no dia seguinte, ou ligar para dizer que sou (aliás ela é) uma delícia,basta continuar agindo exatamente como agia antes, sem mais nem menos bom trato.
Agora se você já chegar com este intuito pré-estabelecido, e rasgar o verbo, baby...

Aqui não!
Como diria um amigo meu: "Nem paga um sorvetinho, antes?".Sinceramente
Ah, e vale observar que lê-se o verbo pagar aqui, não como a aquisição de algo, e sim como a doação pura e exclusiva de atenção, que não precisa ser exagerada ou romanceada,mas, meramente de respeito, de um ser humano para outro ser humano,pois, afinal é isso que somos.
Ao contrário melhor um vibrador, ele pelo menos pode esperar o meu prazer .E para ele sim, aliás, neste caso para mim, só interessa a vagina.

Um comentário:

  1. Amiga parabéns pelo texto, é exatamente o sentimento, a vaidade masculina, falsos apelos feministas, eis a inversão de valores tão questionaveis, o que importa no fim das contas é o mínimo de respeito!

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