terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cansei...


Hoje acordei com uma vontade imensa de soltar um grito. Daqueles gritos de verdade, que misturam pavor, desespero, ódio e dor...
Só não o fiz, pois, sinceramente não estou disposta a me explicar, ao sindico ou ao porteiro, me interfonando:
- Senhora Mallu, aconteceu algo?
- Não, hoje não aconteceu, eu só queria gritar e gritei.
-Ahn?!?
Tudo que não quero é o título de perturbada mental, ainda mais em meu “lar doce lar”. Que por sinal é meu refúgio e, portanto merece estar isento dos olhares e ouvidos de quem quer que seja. Exceto de um vizinho bonitão é claro... (mas, infelizmente não tenho nenhum!).
Enfim, voltemos ao grito...
Sempre associei o grito à liberdade. Acho que quando gritamos é porque estamos tão cheios de um sentimento que ele se converte em som e explode, deixando-nos livres novamente para armazenar mais sentimentos.
E ultimamente tenho estado saturada, carregada de sentimentos tão contraditórios que gritar seria uma boa maneira de “esvaziar” tamanha carga.
Algumas coisas andam me afetando de maneira muito forte ultimamente, pareço estar sofrendo de TPM crônica, pois me sinto mais sensível em relação às coisas e às pessoas.
Seja quando se manifesta em mim o sentimento de revolta por saber que a mãe de um amigo sofreu tentativa de seqüestro em plena tarde de domingo, ou pelo desapontamento de ver um imbecil jogar o guardanapo pela janela do carro.Sinto-me indignada. Decepcionada com as pessoas. Com a ausência do respeito, do amor da caridade.“Estou tão a flor da pele, que até um beijo de novela me faz chorar.”
Outro dia, ouvi que tenho o dom do amor, mas, a grande verdade é que queria ter o da aceitação... Talvez eu até tenha, mas, não para as coisas quem tenho visto ultimamente.
Hoje ao vir para o trabalho observava no trânsito o quanto as pessoas estão, o tempo todo, irritadas e como são grosseiras umas com as outras.
Coisas assim me agridem, me magoam, me deixam com uma enorme vontade de gritar.Aquele mesmo grito que quis dar pela manhã ao acordar.
Está ai vou fazer a terapia do grito!
Ok... Sei que vão pensar que sou maluca... Já pensam mesmo!
E talvez por maioria de votos, eu até seja.
Melhor ser maluca, que estar sufocada como estou hoje, que ver tanta coisa nojenta acontecendo e nós sendo vitimados a todo instante.
Talvez até pudéssemos criar o dia do grito, com o minuto do grito e todas as pessoas de bem dessem em todo o mundo no mesmo instante um grito. Quem sabe Deus nos ouviria, e mudava tudo isso...
Ou quem sabe, nós simplesmente nos esvaziássemos para poder suportar mais sentimentos...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fase ou face indesejada?




Saudade.
Saudade imensa.
Saudade de mim!


Essa personagem é ridicula.
É feia.
Pequena.
E se assim é, não há porque existir. Uma vez que é menor que eu.


Saudade de mim!
Saudade imensa.
Saudade.

Para mim...



Os meus pecados não são maiores ou menores do que os de ninguém.
São apenas meus pecados!
Estão sob o meu julgo, não o alheio.
A verdade é mutante e mutável.Você pode adptar -se a ela, ou ela ser adaptada por você, de acordo com sua necessidade; e a minha é o resultado de tudo que vi e vivi. Dos meus medos, sonhos, traumas ...
Sou e estou livre,mas, sinto-me pressa, porém, ainda não descobri se à minha covardia ou à minha coragem.Meus pecados ou minha verdade.
Mudaria isso se soubesse.
Talvez eu até saiba,mas, me assumir fraca, é nobre demais. Demais para mim!
Por enquanto eu finjo...
Falsidade?
Não!
Falso, é algo que passa-se por aquilo que não é.
Eu no entanto, sou tanta coisa que permito-me ser tudo, ou nada.






terça-feira, 8 de setembro de 2009

Questão de respeito.




Minha vagina, assim como a de todas as mulheres, é formada externamente basicamente por três partes: clítoris, grandes lábios e pequenos lábios logo, embora um órgão de suma importância, jamais poderá ser comparada a complexidade de todo o resto do quê eu sou.
Odeio quando ela é maior que eu. Maior que minha essência ou minha alma!
Não, não sou nenhuma santa, virgem ou imaculada,mas, sou um ser humano e isso não é tão difícil assim de perceber. Não exige elevado Q.I., nem capacidades mediúnicas, basta olhar e você perceberá.
Sabe não parece, mas tenho sentimentos.Tenho raciocínio lógico. Sei ler, e escrever. Tenho uma história, (pode ser que ela não seja digna de um filme, mas, tenho! ).Conto piadas. Danço. Amo ouvir rock e bossa nova. Adoro sorvete e dias frios e nublados. E sei a diferença sutil, ou melhor nada sutil de amor e sexo, então, por favor: Não me trate como uma vagina.
Você poderá até tê-la, se é só ela que você quer mesmo, porém , é essencial que eu tenha vontade de oferecê-la a você,e não simplesmente me sentir parte do pacote: conquiste-a e me leve de brinde...Não mesmo!O processo é exatamente o contrário.
Este papo de mulher moderna que vai lá, deita-se com um homem e depois nem lembra mais do que aconteceu, é meramente um falso discurso, de mulheres que tratam independência como perda de valores e respeito próprio.
Mulheres, assim como os homens, querem ser mais que órgãos genitais!
Não precisa me prometer amor. Mandar flores no dia seguinte, ou ligar para dizer que sou (aliás ela é) uma delícia,basta continuar agindo exatamente como agia antes, sem mais nem menos bom trato.
Agora se você já chegar com este intuito pré-estabelecido, e rasgar o verbo, baby...

Aqui não!
Como diria um amigo meu: "Nem paga um sorvetinho, antes?".Sinceramente
Ah, e vale observar que lê-se o verbo pagar aqui, não como a aquisição de algo, e sim como a doação pura e exclusiva de atenção, que não precisa ser exagerada ou romanceada,mas, meramente de respeito, de um ser humano para outro ser humano,pois, afinal é isso que somos.
Ao contrário melhor um vibrador, ele pelo menos pode esperar o meu prazer .E para ele sim, aliás, neste caso para mim, só interessa a vagina.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Saltos.


subo
suo
chego
Me jogo sem redes, sem corda, sem água.

Instante de êxtase

arrependo-me.

desço
suo
chego

é fundo, muito profundo

escuro

frio


respiro
transpiro


não me vejo


Que medo!
É tarde.